O presente artigo faz uma incursão no sistema da avaliação das aprendizagens no
Instituto Superior de Ciências da Educação, centrando as reflexões nos normativos e nas
práticas avaliativas, procurando aferir os possíveis desvios, num contexto em que
existem indícios de práticas pouco convencionais, como é o caso da fraude académica
“cábula”. Entenda-se que o vocábulo cábula será aqui parafraseado no seu sentido
global.
A Avaliação das Aprendizagens, inscreve-se como um campo de frutífero estudo em
Angola. Ao indagar-se, tal pressuposto, admite-se a ideia de que é a partir da
investigação que se traçam propostas contextualizadas que poderão contribuir para a
melhoria do processo e das práticas avaliativas. Por este motivo é necessário que o
Ensino Superior Angolano deixe de sobrevalorizar práticas avaliativas mais
quantitativas ligadas a quantificação de resultados e invista em práticas mais ligadas a
avaliação qualitativa da aprendizagem.
Também, é preciso que os estudantes desenvolvam uma cognição mais abalizada sobre
os pressupostos metodológicos na elaboração de trabalhos científicos, desencorajando o
tão habitual “copiar e colar”.
Portanto, o artigo em causa é, antes de mais, descritivo e sedimenta-se numa pesquisa
documental suportada por uma análise de campo da qual foi possível aferir um conjunto
multifacetado de dados. Os sujeitos da pesquisa são professores do ISCED – Huíla. Os
dados recolhidos permitem ter um conhecimento acerca de: Qual é o perfil do professor
do ISCED – Huíla; como são efectuadas as avaliações das aprendizagens no ISCED – Huíla; quais são os desvios mais comuns na Instituição em referência. A amostra da
pesquisa recaiu em 43 professores do ISCED - Huíla. Os instrumentos aplicados para o
diagnóstico foram, respectivamente, da autora Devesa, adaptados à nossa realidade.
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